CIÊNCIA E PSEUDOCIÊNCIAS
O QUE É CIÊNCIA?
Ciência representa todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da
prática, baseando em princípios certos. Esta palavra deriva do latim scientia,
sujo significado é "conhecimento" ou "saber".
Em geral, a ciência comporta
vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias
baseadas nos seus próprios métodos científicos.
A metodologia é essencial na ciência, assim como a ausência de
preconceitos e juízos de valor. A ciência tem evoluído ao longo dos séculos.
Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A ciência está intimamente ligada com a área da tecnologia, porque os
grandes avanços da ciência, hoje em dia, são alcançados através do
desenvolvimento de novas tecnologias e do desenvolvimento das tecnologias já
existentes.
CIÊNCIAS SOCIAIS
Estudam o comportamento humano, as relações humanas e o seu
desenvolvimento em sociedade. Nelas estão incluídas áreas como a Antropologia,
o Direito, a História, a Psicologia, a Sociologia, a Filosofia Social, a
Economia Social, a Política Social, o Direito Social.
As ciências sociais estudam as normas de convivência do homem e dos
modos da sua organização social. O termo "ciência social" também é
usado para designar o grupo formado pelas ciências do direito, sociologia e
ciências políticas.
CIÊNCIAS EXATAS
Produzem conhecimento baseado em expressões quantitativas, testando as
suas hipóteses de forma rigorosa com base em experimentos ou cálculos. Ciências
exatas são aquelas que só admitem princípios, consequências e fatos
rigorosamente demonstráveis.
São exemplos de ciências exatas a Matemática, a Física, a Astronomia, a
Engenharia, a Química e até mesmo certos ramos da Biologia ou da Economia.
CIÊNCIAS NATURAIS
Ciências naturais são ciências que descrevem, ordenam e comparam os
fenômenos naturais, isto é, os objetos da Natureza e os processos que nela têm
lugar, e determinam as relações existentes entre eles, formulando leis e
regras.
Pode distinguir-se entre ciências exatas (como a física e química) e
ciências predominantemente descritivas (biologia, incluindo a microbiologia e a
paleontologia, geografia, geologia, cristalografia, etc). O campo de atividade
das ciências naturais é constituído principalmente pela investigação sem uma
aplicação concreta. Fazem parte das ciências naturais a Biologia, a Geologia e
a Medicina, por exemplo.
A partir
da ciência moderna, o homem se torna máquina, tanto em sua ação social, quanto
em sua ação particular individual. A ciência nos levou ao conhecimento da técnica
e assim ainda que, para com esta, tenhamos nos submetido aos seus ditames tivemos
condições para nos lançarmos em aventuras no macro e no microcosmo.
Há a
prevalência da técnica concebida pelo homem sobre o próprio homem. A crítica
contemporânea tem como enfoque a matematização do conhecimento como afastamento
do homem da sua essência humana, a ponto de o homem se deixar dominar pela sua
própria invenção.
PSEUDOCIÊNCIAS
A palavra “pseudo” significa “falso”.
O modo mais seguro de identificar algo falso é saber tanto quanto possível
sobre os fatos reais — neste caso, a própria ciência. Ter conhecimento
científico não se restringe a saber fatos científicos (como a distância da
Terra ao Sol, a idade da Terra, as diferenças entre mamíferos e répteis etc.).
Significa entender a natureza da ciência — os critérios para obter evidência,
como projetar experimentos relevantes, a avaliação de possibilidades, os testes
de hipóteses, o estabelecimento de teorias, os múltiplos aspectos dos métodos
científicos que tornam possível estabelecer conclusões confiáveis acerca do
universo físico.
Já que os meios de comunicação
bombardeiam-nos com absurdos, torna-se útil ter em conta as características da
pseudociência. A presença de apenas uma delas já deve despertar grande
suspeita. Por outro lado, um material que não mostre nenhum destes vícios
poderá ser pseudociência mesmo assim, pois seus adeptos inventam diariamente
novas maneiras de se tapear. A maioria dos exemplos deste artigo relaciona-se à
física, minha área de conhecimento, porém crenças e comportamentos semelhantes
estão associados à astrologia médica, iridologia, quiropraxia baseada em
subluxação, reflexologia, terapia dos meridianos, toque terapêutico e outras
pseudociências da saúde.
A PSEUDOCIÊNCIA EXIBE INDIFERENÇA PELOS FATOS.
Em vez de se dar ao trabalho de
consultar referências ou investigar diretamente, seus proponentes limitam-se a
regurgitar falsos “fatos” sempre que necessário. Estas ficções são amiúde
cruciais para os argumentos e conclusões do pseudocientista. Ademais,
pseudocientistas raramente revisam seus textos. A primeira edição dum livro
pseudocientífico é quase sempre a última, muito embora ele continue a ser
impresso por décadas ou mesmo séculos. Até mesmo livros com erros óbvios de
conteúdo e impressão são reimpressos sem modificação, vezes sem conta. Compare-se
isto aos compêndios científicos que são reeditados a cada punhado de anos,
devido ao rápido acúmulo de novos fatos e critérios.
A “PESQUISA” PSEUDOCIENTÍFICA É INVARIAVELMENTE
MALFEITA.
Os pseudocientistas recortam notícias
de jornais, colecionam boatos, citam outros livros pseudocientíficos e
debruçam-se sobre antigas obras religiosas ou mitológicas. Raramente ou nunca
empreendem uma investigação independente para verificar suas fontes.
A PSEUDOCIÊNCIA PARTE DUMA HIPÓTESE — QUE
GERALMENTE POSSUA APELO EMOCIONAL E SEJA ESPETACULARMENTE IMPLAUSÍVEL — E A
SEGUIR BUSCA SOMENTE OS ITENS QUE A APOIEM.
Desprezam-se as evidências
conflitantes. De modo geral, a pseudociência visa racionalizar crenças
fortemente arraigadas, ao invés de investigar ou testar possibilidades
alternativas. A pseudociência se especializa em atingir conclusões
“apropriadas” e espicaçar ideologias, ao apelar a ideias preconcebidas e
mal-entendidos disseminados.
A PSEUDOCIÊNCIA É INDIFERENTE AOS CRITÉRIOS PARA
ESTABELECER EVIDÊNCIA VÁLIDA.
A ênfase não reside em experimentos
científicos relevantes, controlados e repetíveis. Pelo contrário, baseia-se em
testemunhos não verificáveis, histórias e lorotas, boatos, rumores e relatos
dúbios. A literatura genuinamente científica ou é desprezada ou distorcida.
A PSEUDOCIÊNCIA CONFIA MUITO NA VALIDAÇÃO SUBJETIVA.
José da Silva aplica gelatina na
cabeça, e sua dor de cabeça some. Para a pseudociência, isto significa que
gelatina cura dores de cabeça. Para a ciência, isto nada significa, pois nenhum
experimento foi realizado. Muitas coisas estavam ocorrendo quando a dor de
cabeça de José da Silva sumiu — era lua cheia, um pássaro voou por sobre ele, a
janela estava aberta, José vestia sua camisa vermelha etc. — e sua dor de
cabeça acabaria indo embora de qualquer modo, fosse por que fosse. Um
experimento controlado colocaria muitas pessoas numa mesma situação, exceto
pela presença ou ausência do remédio que se desejasse testar, e compararia os
resultados, que então teriam alguma possibilidade de ser relevantes. Muitos
acham que a astrologia deve ter algo válido, pois um horóscopo de jornal
descreve-os perfeitamente. Mas um exame detalhado revelaria que a descrição é
genérica o bastante para enquadrar praticamente qualquer um. Este fenômeno,
chamado de validação subjetiva, é um dos pilares do apoio popular à
pseudociência.
A PSEUDOCIÊNCIA DEPENDE DE CONVENÇÕES ARBITRÁRIAS
DA CULTURA HUMANA, AO INVÉS DE REGULARIDADES IMUTÁVEIS DA NATUREZA.
Por exemplo, a interpretação da
astrologia baseia-se nos nomes de coisas, que são acidentais e variam de
cultura a cultura. Se os antigos houvessem chamado de Marte ao planeta a que
chamamos de Júpiter, a astronomia não daria a mínima, mas a astrologia seria
totalmente outra, pois baseia-se exclusivamente no nome e nada tem que ver com
as propriedades físicas do planeta em si.
A PSEUDOCIÊNCIA ACABA SEMPRE EM ABSURDO SE LEVADA
ADIANTE.
Talvez os rabdomantes possam sentir
de algum modo a presença de água ou minerais no subsolo, mas quase todos
afirmam poder detectá-los igualmente por meio de um mapa! Talvez Uri Geller
seja um “paranormal”, mas será que seus poderes são a ele irradiados mediante
uma ligação de rádio com um disco voador do planeta Huva, como ele alega?
Talvez as plantas sejam “paranormais”, mas por que uma tigela de lama produz
exatamente a mesma resposta no mesmo “experimento”?
A PSEUDOCIÊNCIA SEMPRE EVITA SUBMETER SUAS
ALEGAÇÕES A UM TESTE VÁLIDO.
Os pseudocientistas nunca efetuam
experimentos cuidadosos e metódicos — e geralmente também desprezam aqueles
realizados por cientistas. Os pseudocientistas tampouco efetuam
acompanhamentos. Se algum pseudocientista declara ter realizado um experimento
(tal como os estudos “extraviados” de Hermann Swoboda sobre biorritmos, que
constituem a suposta base da moderna pseudociência da biorritmologia), nenhum
outro pseudocientista procura repetir o experimento ou fiscalizar o autor,
mesmo quando os resultados são inexistentes ou questionáveis! Ademais, quando
um pseudocientista alega ter realizado um experimento de resultado notável, ele
não o repete para verificar seus resultados e procedimentos. Isto está em
franco contraste com a ciência, na qual experimentos cruciais são repetidos por
cientistas do mundo todo, com precisão cada vez maior.
A PSEUDOCIÊNCIA AMIÚDE SE CONTRADIZ, MESMO EM SEUS
PRÓPRIOS TERMOS.
Estas contradições lógicas são
meramente desprezadas ou racionalizadas. Portanto, não deveríamos nos surpreender
se o Capítulo 1 de um livro sobre rabdomancia afirma que rabdomantes usam
galhos recém-cortados, pois somente a madeira “viva” consegue canalizar e
focalizar a “radiação telúrica” que possibilita a rabdomancia, ao passo que o
Capítulo 5 afirma que quase todos os rabdomantes empregam varas de metal ou
plástico.
A PSEUDOCIÊNCIA CRIA DELIBERADAMENTE MISTÉRIO ONDE
NÃO HÁ NENHUM AO OMITIR INFORMAÇÕES CRUCIAIS E DETALHES IMPORTANTES.
Pode-se tornar qualquer coisa
“misteriosa”, omitindo o que se sabe a respeito ou apresentando detalhes
imaginários. Os livros sobre o “Triângulo das Bermudas” são exemplos clássicos
desta tática.
A PSEUDOCIÊNCIA NÃO PROGRIDE.
Ocorrem modas, e um pseudocientista
pode mudar de uma moda a outra (de fantasmas à pesquisa de percepção
extrasensorial, de discos voadores a estudos de paranormalidade, da percepção
extrasensorial ao Abominável Homem das Neves). Porém, não se faz nenhum
progresso num dado tópico. Obtém-se pouca ou nenhuma informação nova. Raramente
se propõem novas teorias, e conceitos antigos raramente se modificam ou são
descartados à luz de novas “descobertas”, já que a pseudociência raramente faz
novas “descobertas”. Quanto mais antiga a ideia, maior o respeito que recebe.
Nenhum fenômeno ou processo natural até então desconhecido da ciência foi
descoberto por pseudocientistas. Na realidade, os pseudocientistas quase
invariavelmente lidam com fenômenos bem conhecidos pelos cientistas, mas pouco
conhecidos pelo público em geral — de sorte que o público engolirá qualquer alegação
que o pseudocientista queira fazer. Como exemplos temos o andar sobre brasas e
a fotografia “Kirlian”.
A PSEUDOCIÊNCIA BUSCA PERSUADIR COM RETÓRICA,
PROPAGANDA E EMBUSTE, NO LUGAR DE EVIDÊNCIA VÁLIDA (QUE PRESUMIVELMENTE NÃO
EXISTE).
Os livros pseudocientíficos oferecem
exemplos de quase toda a sorte de falácias de lógica e raciocínio conhecidas
pelos estudiosos e têm inventado algumas novas. Um recurso favorito é o “non
sequitur”. Os pseudocientistas também adoram o “Argumento de Galileu”. Este consiste
em o pseudocientista comparar-se a Galileu, dizendo que, assim como o
pseudocientista é tido como equivocado, também Galileu o era por seus
contemporâneos; logo, o pseudocientista certamente tem razão, exatamente como
Galileu. É claro que esta conclusão não procede! Ademais, as ideias de Galileu
foram testadas, verificadas e prontamente aceitas por seus colegas de ciência.
A rejeição proveio da religião oficial, que favorecia a pseudociência,
contradita pelas descobertas de Galileu.
A PSEUDOCIÊNCIA ARGUMENTA COM BASE NA
IGNORÂNCIA OU NUMA FALÁCIA ELEMENTAR.
Muitos pseudocientistas baseiam suas
alegações na incompletude de informações sobre a natureza, ao invés de
basear-se no que se sabe até agora. Mas não há como comprovar uma alegação
mediante falta de informação. O fato de que as pessoas não identificam o que
veem no céu significa apenas que elas não identificam o que veem. Isto não quer
dizer que discos voadores provêm do espaço extraterrestre. A afirmação “A
ciência não consegue explicar” é comum na literatura pseudocientífica. Em
muitos casos, a ciência não tem interesse nos supostos fenômenos por não haver
evidência de que existam; noutros casos, a explicação científica é bem
conhecida e demonstrada, mas o pseudocientista não sabe disso ou despreza
deliberadamente o fato para criar mistério.
A PSEUDOCIÊNCIA ARGUMENTA COM BASE EM SUPOSTAS
EXCEÇÕES, ERROS, ANOMALIAS, ACONTECIMENTOS ESTRANHOS, E ALEGAÇÕES SUSPEITAS —
AO INVÉS DE REGULARIDADES DA NATUREZA BEM DEMONSTRADAS.
A experiência dos cientistas nos
últimos 400 anos é que alegações e notícias que descrevem objetos bem estudados
como se comportassem de forma estranha e incompreensível costumam ser
reduzir-se, após investigação, a fraudes deliberadas, enganos honestos,
descrições confusas, mal-entendidos, mentiras deslavadas e asneiras graves. Não
é recomendável julgar tais notícias pela aparência, sem verificá-las. Os
pseudocientistas sempre as tomam ao pé da letra, sem recorrer à comprovação
independente.
A PSEUDOCIÊNCIA APELA À FALSA AUTORIDADE, EMOÇÃO,
SENTIMENTO OU DESCONFIANÇA DE UM FATO COMPROVADO.
Um indivíduo que abandonou o curso
secundário é aceito como expert em
arqueologia, embora nunca a tenha estudado! Um psicanalista é aceito como expert em todos os aspectos da história humana,
sem contar física, astronomia e mitologia, muito embora suas alegações sejam
incompatíveis com tudo que se sabe nestas quatro áreas. Um físico diz que um
“paranormal” jamais poderia enganá-lo com meros truques de mágica, embora ele
nada saiba sobre mágica e prestidigitação. Apelos emocionais são comuns (“Se
isto o fará sentir-se bem, deve ser verdade.”; “No fundo de seu coração você
sabe que isto está correto”). Os pseudocientistas gostam de conspirações
imaginárias (“Há farta evidência sobre discos voadores, mas o Governo mantém
segredo.”). E argumentam com irrelevâncias; ao ser confrontados por fatos
inconvenientes, limitam-se a retrucar: “Os cientistas não sabem tudo!”
A PSEUDOCIÊNCIA FAZ ALEGAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS E
AVENTA TEORIAS FANTÁSTICAS QUE CONTRADIZEM O QUE SE CONHECE SOBRE A NATUREZA.
Não apenas deixam de fornecer provas
da veracidade de suas alegações, mas também desprezam todas as descobertas que
contradigam suas conclusões. (“De algum lugar os discos voadores devem vir —
portanto a Terra é oca, e eles vêm do seu interior.”; “A faísca que produzo com
este aparelho elétrico não é na verdade uma faísca, mas sim uma manifestação
sobrenatural de energia psicoespiritual.”; “Todo ser humano está rodeado por
uma aura impalpável de energia eletromagnética, o ovo áurico dos antigos
videntes hindus, que espelha fielmente o humor e condição deste humano.”)
OS PSEUDOCIENTISTAS INVENTAM SEU
PRÓPRIO VOCABULÁRIO, NO QUAL MUITOS TERMOS CARECEM DE DEFINIÇÕES PRECISAS OU
SEM AMBIGUIDADE, E ALGUNS NÃO POSSUEM NENHUMA DEFINIÇÃO.
Os ouvintes são amiúde forçados a
interpretar as afirmações conforme suas próprias preconcepções. Por exemplo, o
que significa “energia biocósmica” ou “sistema psicotrônico de amplificação”?
Os pseudocientistas buscam com frequência imitar o jargão científico e técnico
jorrando uma algaravia que soa científica e técnica. Os curandeiros estariam
perdidos sem o termo “energia”, mas o emprego que dele fazem não tem
absolutamente nada que ver com o conceito de energia usado pelos físicos.
A PSEUDOCIÊNCIA APELA AOS CRITÉRIOS DE COMPROVAÇÃO
DA METODOLOGIA CIENTÍFICA, AO MESMO TEMPO EM QUE NEGA A VALIDADE DESTES.
Assim, um experimento realizado de
forma inválida, que parece mostrar que a astrologia funciona, é proposto como
“prova” de que a astrologia está correta, ao mesmo tempo em que se desprezam
milhares de experimentos executados corretamente que provam que ela não
funciona. O fato de que alguém se deu bem usando simples truques de mágica
nalgum laboratório científico é “prova” de que ele é um super-homem paranormal,
enquanto se despreza o fato de que ele foi flagrado tapeando em diversos outros
laboratórios.
A PSEUDOCIÊNCIA ALEGA QUE OS FENÔMENOS POR ELA
ESTUDADOS SÃO “SENSÍVEIS”.
Os fenômenos só se manifestam em
condições vagamente especificadas, porém vitais (como, por exemplo, quando não
há incrédulos nem céticos presentes; quando não há expert presentes; quando ninguém está observando;
quando as “vibrações” estão corretas; ou só uma vez em toda história humana). A
ciência afirma que fenômenos genuínos devem ser investigáveis por qualquer um
que disponha do equipamento apropriado, e todos os experimentos executados de
forma válida devem fornecer resultados consistentes. Nenhum fenômeno genuíno
padece desta “sensibilidade”. Não há como montar um televisor ou rádio que só
funcionam na ausência de céticos! Alguém que alegue ser um violinista de
concertos, mas jamais possuiu um violino e se recusa a tocar sempre que alguém
possa ouvi-lo, está mui provavelmente mentindo sobre sua capacidade de tocar
violino.
AS “EXPLICAÇÕES” PSEUDOCIENTÍFICAS COSTUMAM
LIMITAR-SE A DESCRIÇÕES DO CENÁRIO.
Ou seja, é nos contada uma história,
e nada mais, não temos descrição alguma de qualquer possível processo físico.
Por exemplo, o ex-psicanalista Immanuel Velikovsky (1895-1979) sustentava que
um planeta que passou perto da Terra fez com que o eixo desta virasse de cabeça
para baixo. É tudo que ele disse. Não forneceu nenhum mecanismo. Mas o
mecanismo é essencial, porque as leis da física determinam a impossibilidade do
processo. Isto é, a aproximação de um planeta não pode provocar a virada do
eixo de rotação de outro planeta. Se Velikovsky houvesse descoberto algum modo
pelo qual um planeta pudesse virar o eixo de outro planeta, presume-se que ele
teria descrito o mecanismo que permitisse o acontecimento. Uma afirmação nua e
crua, desprovida do mecanismo subjacente, não fornece nenhuma informação.
Velikovsky disse que Vênus foi outrora um cometa, cuspido dum vulcão em
Júpiter. Já que planetas não se parecem com cometas (que são restos de rochas
ou gelo em forma de bola de neve, em nada relacionados a vulcões), e visto que
não se conhece nenhum vulcão em Júpiter (nem mesmo uma superfície sólida!), não
poderia existir nenhum processo físico real subjacente às afirmações de
Velikovsky. Ele nos forneceu palavras, relacionadas entre si numa frase, mas
estas relações eram estranhas ao universo real em que vivemos, e não deu
nenhuma explicação de como elas poderiam existir. Ele nos forneceu histórias,
não teorias genuínas.
OS PSEUDOCIENTISTAS APELAM FREQUENTEMENTE AO ANTIGO
HÁBITO HUMANO DE PENSAR MAGICAMENTE.
Mágica, feitiçaria, bruxaria —
baseiam-se em semelhanças espúrias, falsas relações de causa e efeito, etc. Ou
seja, presumem-se desde o começo influências inexplicáveis e relações entre
coisas — não comprovadas por investigação. (Se você pisar numa fenda da calçada
sem dizer a palavra mágica, sua mãe irá sofrer uma fratura; comer folhas em
forma de coração faz bem a doentes do coração; expor o corpo a luz vermelha
aumenta a produção de sangue; os carneiros machos são agressivos, portanto quem
nasça sob o signo do Carneiro será agressivo; os peixes são “alimento do
cérebro”, porque sua carne se parece com tecido cerebral etc.)
A PSEUDOCIÊNCIA FIA-SE GRANDEMENTE EM PENSAMENTOS
ANACRÔNICOS.
Quanto mais velha a ideia, mais
atraente se torna à pseudociência — é a sabedoria dos antigos! — principalmente
se a ideia for claramente errada e tiver sido há muito descartada pela ciência.
Muitos jornalistas têm dificuldade em compreender este ponto. Um repórter
típico, ao escrever sobre astrologia, talvez ache que possa realizar um
trabalho bem feito entrevistando seis astrólogos e um astrônomo. O astrônomo
diz que é tudo bobagem; os seis astrólogos dizem que é uma ótima coisa, e que,
por cinquenta dólares, terão prazer em confeccionar o horóscopo de qualquer um.
(Sem dúvida!) Para muitos editores e seus leitores, isto confirmaria a
astrologia por seis votos contra um!
Alain Badiou, em seu livro “O Século”,
reflete sobre a marca do século XX. Ele acrescenta que o início do século teve
um início excepcional; um século prodigioso em invenções, criatividade e
rupturas. Um século, segundo o autor, comparável ao da Renascença florentina.
Nesse sentido, ele nos faz lembrar de alguns marcos do século XX: Mallarmé
publica “Um lance de dados...” que se torna o manifesto da escrita
contemporânea; Einstein inventa a relatividade restrita; Freud publica “A
interpretação dos Sonhos”; Schoenberg funda a possibilidade da música tonal;
Lênin cria a política moderna; Proust escreve o essencial de “A busca do tempo
perdido”; a partir dos ensinamentos de Frege e Russell, Wittgenstein e alguns
outros desenvolvem a filosofia da linguagem; Picasso e Braque quebram a lógica
pictural; entre outros tantos prodígios. Logo após, em 1914, inicia-se um
período de guerras que não pode ser pensado sem referência ao momento anterior
das conquistas coloniais. Para Badiou, existe algo no furor das guerras dos
anos trinta que retorna à primeira guerra, à guerra das trincheiras, e também
às conquistas coloniais. Enfim, para Badiou, no século XX, a política torna-se
tragédia.
A pós-modernidade, como período que sofre as
consequências dos construtos teóricos e práticos da modernidade, não consegue
diferir muito desta, se apresentando somente como uma modernidade de cara nova,
mantendo o sujeito no esquecimento. Detêm-se o saber e o poder, mas não o porquê
da aplicação dos saberes. É possível se fazer um homem novo, mas para quê? É
esse o referido utilitarismo exacerbado: as coisas são feitas puramente pela
sua utilidade, sem que haja uma reflexão a respeito do sujeito nesse contexto.
Os objetos são criados e o sujeito não tem mais importância – daí todas as
catástrofes e guerras às quais estamos tão acostumados na contemporaneidade. Não
há regras para esse pragmatismo desmedido. “Deus está morto! Deus continua
morto! E nós o matamos!” essa frase de
Nietzsche é comumente apontada como a causa da morte de Deus, enquanto que, na
verdade, ela só fez constatar um fato já ocorrido – a humanidade matou Deus.
Diante desse aforismo de Nietzsche, Heidegger levanta a questão: “Como podemos
reinventar o sagrado?” É preciso um substituto para a figura de Deus. A
resposta aparece na implantação de Deus nos homens. Deus é o próprio homem que
se vê capaz de tudo, enredando por caminhos perigosos, tornando-se, ele o
homem, seu próprio inimigo. Ele se vê suficientemente poderoso para não respeitar
nenhuma regra, nem a si mesmo.
Não foram os ateus que mataram Deus, mas aqueles
que tentaram racionalizá-lo – a razão matou o sagrado. Os grandes valores como
o sagrado, a ética, a moral, as leis, estão se anulando, deixando de existir
diante do homem-deus. Em relação ao homem e ao objeto, a questão não consiste em
religá-los, mas, sim, em jamais separá-los um do outro. Essa cisão é, não só,
marca da modernidade, mas, também, essencialmente, uma marca da civilização
ocidental. Na modernidade, o que há é o objeto sem sujeito, propiciando a
existência de “criminosos anônimos” – tudo sendo feito sem que haja um sujeito
para essas ações.
“O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu
olhar. ‘Para onde foi Deus’, gritou ele, ‘já lhes
direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos!
Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu
a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós, ao desatar a terra do seu
sol? Para onde se move agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os
sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para a frente, em
todas as direções? Existem ainda ‘em cima’ e ‘embaixo’? Não vagamos como que através de um nada
infinito? Não sentimos na pele o sopro do vácuo? Não se tornou
ele mais frio? Não anoitece eternamente? Não temos que acender lanternas de
manhã?” – Nietzsche, A Gaia Ciência, §125
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome
Por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome
Por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "E daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado
E agora eu me pergunto "E daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social
Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador
Ah!
Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Eu é que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador
PROJETO MODERNO
A partir de certo momento, o século foi dominado pela
ideia de mudar o homem, de criar o homem novo. A criação do homem novo exige
que o homem antigo seja destruído.
O projeto é tão radical que não se conta mais, a
partir de sua realização, a singularidade das vidas humanas, leva-se em conta
apenas o material. Um pouco como, retirados de sua harmonia tonal ou
figurativa, os sons e as formas fossem, para os artistas da arte moderna,
materiais cuja destinação se deve reformular. Ou como os signos formais destituídos
de toda idealização objetiva, projetavam as matemáticas em direção a um
acabamento mecanizado.
O projeto do homem novo é, nesse sentido, um
projeto de ruptura e de fundação que sustenta, na ordem da história e do
Estado, a mesma tonalidade subjetiva que as rupturas científicas, artísticas,
sexuais do início do século. É então possível sustentar que o século foi fiel
ao seu prólogo.
Seguindo
esta análise de Badiou, podemos perceber que no próprio projeto moderno estavam
incluídas as causas de sua decadência e rejeição, pois a ideia de mudança no homem,
com sua consequente desumanização, inclui na noção de homem, a noção de matéria
e materialismo, cujas implicações já foram levantadas. Poderíamos, nesse
sentido, chamar o projeto moderno de projeto Frankenstein. Tendo em vista a
criação do homem novo evidenciada por Mary
Shelley.
O Frankenstein de Mary Shelley cria o homem novo que o aterroriza e do qual ele
foge. O horror do criador se manifesta pelo fato de não saber o que fazer de
sua criação. Nas palavras de Mary Shelley:
[...]
Ninguém, a não ser os que já a experimentaram, pode imaginar a sedução da
ciência. Em outros tipos de estudos vai-se até onde os outros foram antes de nós,
e nada mais há para se conhecer; mas quando se trata da ciência o terreno é
inesgotável para as descobertas e maravilhas.[...]
Um dos fenômenos que havia atraído
particularmente minha atenção era a estrutura do corpo humano e, na verdade, de
qualquer ser dotado de vida.
Muitas
vezes eu me perguntava de onde provinha o princípio da vida. Era uma questão
ousada e que sempre foi considerada um mistério; no entanto, com quantas coisas
não nos poderíamos familiarizar se a covardia ou a displicência não impedissem nossas
pesquisas?
[...] Após dias e dias de
incríveis trabalhos e fadigas, consegui descobrir a causa da criação e da vida;
mais ainda, tornei-me capaz de conferir vida à matéria morta.[...]
[...] Quando me vi com aquele poder tão espantoso
em minhas mãos, hesitei longo tempo quanto à maneira de empregá-lo. Embora eu
possuísse a capacidade para conferir a vida, preparar uma estrutura para recebê-la,
com toda a complexidade de nervos, músculos e vasos, ainda constituía uma
tarefa de inconcebível dificuldade e trabalho. No início, fiquei na dúvida se
devia criar um ser como eu, ou um mais simplesmente organizado; porém a minha
imaginação, demasiado exaltada pelo meu primeiro sucesso, não permitia que eu
duvidasse da minha capacidade de dar vida a um animal tão complexo e
maravilhoso quanto o homem. O material que eu tinha à minha disposição naquela
época mal me parecia adequado para uma tarefa tão árdua. Preparei-me para uma série
de reveses; era possível que minhas experiências sofressem constantes
frustrações, e por fim minha obra podia sair imperfeita, mas quando eu pensava no
progresso que todos os dias se faz nas ciências e na mecânica, eu me sentia
encorajado a esperar que minhas tentativas pelo menos lançassem os alicerces do
sucesso futuro. Nem podia eu admitir quaisquer argumentos sobre a
impraticabilidade do meu plano grandioso e complexo. Foi assim pensando que
iniciei a criação de um ser humano.
CARACTERÍSTICAS DA
“NOVA ERA”
Há trinta anos
vem-se formando uma onda cultural/filosófica/religiosa que pretende reagir
contra o presente estado da humanidade e empurrar esta a uma nova consciência,
para uma nova forma de ser espiritual. Esta onda é chamada de Nova Era (New
Age) e, hoje por hoje, não há nenhum aspecto de nossa vida que não tenha
sentido seus efeitos de alguma formam.
• A Nova Era seduz por responder às necessidades
para as quais as instituições estabelecidas manifestaram-se incapazes.
• É uma busca da sacralização dos valores da
cultura contemporânea.
• Desvalorização
do patriarcado e celebração dos valores femininos.
• Valorização da espiritualidade e religiões
antigas e orientais de maneira descompromissada com as bases das mesmas.
•
Valorização de experiências sobrenaturais e paranormais.
• Reconhecimento da autoridade espiritual de sua
própria experiência interior.
• Sincretismo de elementos esotéricos e seculares.
• Rejeição da modernidade e dos valores da cultura
ocidental.
• Primeiros
símbolos da “Nova Era” são o festival de Woodstock em 1969 e o musical Hair com
a música emblemá- tica – Aquarius.
• Tendo surgido de um movimento contra cultural nos
anos 60 e 70, perdeu seu caráter revolucionário e político.
• Rede
fluida de adeptos cuja aproximação é pensar globalmente e agir localmente.
• Oferece a chave das correspondências entre todos
os elementos do universo que permitem aos indivíduos modularem a tonalidade de
suas vidas e de estarem em perfeita harmonia com os outros seres humanos e com
o cosmos.
• Nessa ótica,
a doença e o sofrimento são a consequência de um comportamento contra a
natureza. A harmonia com a natureza elimina tais problemas.
• Existe uma
grande variedade de terapias holísticas, das quais algumas se inspiram de
antigas tradições culturais, religiosas ou esotéricas, ou teorias psicológicas
desenvolvidas nos anos 1960-70. A Nova Era faz publicidade de uma larga gama de
práticas tais como a acupuntura, a homeopatia, a hipnose, as massagens e
diferentes tipos de técnicas corporais, a meditação e a vidência, as terapias
nutricionais, os tratamentos psíquicos, diferentes tipos de medicina das
plantas, a cura pelos cristais, os metais, a música ou as cores, as terapias de
reencarna- ção e enfim os programas e os grupos de realização de si. A proposta
é de encontrar a fonte da cura em nós mesmos, nos colocando em contato com
nossa energia interior ou cósmica.
• Procura da totalidade buscando ultrapassar toda
forma de dualismo.
• A
revolução científica moderna é criticada por sua tendência à fragmentação, ao
mecanicismo e ao materialismo.
• O holismo impregna todo o movimento da Nova Era
com sua procura por uma unidade, consciência ecológica e a ideia de uma rede
global.
• A matriz essencial do pensamento Nova Era reside
na tradição esotérico-teosófica, uma tradição largamente difundida nos círculos
intelectuais europeus nos séculos XVIII e XIX. Nessa visão de mundo, os
universos visíveis e invisíveis são religados entre eles por uma série de
correspondências, analogias e influências, entre microcosmo e macrocosmo, entre
os metais e os planetas, entre os planetas e as diferentes partes do corpo
humano, entre o cosmos visível e os reinos invisíveis da realidade.
• A alquimia, a magia, a astrologia e os outros
ramos do esoterismo tradicional são, na Nova Era, completados por elementos da
cultura moderna, tais como a procura das leis de causalidade, o evolucionismo,
a psicologia e o estudo das religiões.
• A Nova Era não é propriamente uma religião, mas
podendo se interessar ao chamado “divino” como uma associação informal e não
através de uma estrutura religiosa organizada. Os elementos que congregam esse
interesse religioso são manifestos nos seguintes pontos: o cosmos é um todo
orgânico animado por uma energia assimilada ao espírito ou alma; existe a crença
na mediação espiritual; na existência de uma consciência eterna anterior e
superior a todas as religiões e culturas.
• Os seres
humanos participam da divindade cósmica a partir de níveis de consciência
diferentes e criam sua própria realidade. Cada indivíduo é uma fonte criadora
do universo. O reconhecimento da consciência universal sintoniza o ser humano
na unidade do cosmos.
• Na nova
era, Deus não é nem transcendente, nem pessoal. Ele não é criador, mas uma
energia impessoal imanente ao mundo, com o qual ela forma uma unidade cósmica:
Tudo é Um. Esta unidade é monista e panteísta. Deus é o princípio da vida,
espírito ou alma do mundo, a soma total da consciência existente no universo.
• Não há
alteridade entre Deus e o Mundo. O Mundo, ele mesmo divino, segue um processo
evolutivo que vai da matéria inerte à consciência superior e perfeita. O Mundo
é eterno e autossuficiente. O futuro do Mundo depende de uma dinâmica interna
que é necessariamente positiva, e que leva à unidade divina de tudo o que existe.
Deus e o Mundo, a alma e o corpo, a inteligência e o sentimento, o céu e a
terra formam uma só imensa vibração de energia.
• Tudo está religado no universo. Em si, cada parte
é uma imagem da totalidade. Na grande rede, todos os seres estão intimamente
ligados, formam uma única família com diversos graus de evolução. Cada homem é
um holograma, uma imagem da criação inteira, onde cada elemento vibra com a sua
própria frequência. A Nova era partilha com certo número de grupos influentes
no plano internacional o objetivo de suplantar as religiões particulares para
dar lugar a uma religião universal capaz de unificar a humanidade. Nesta mesma
perspectiva caminham os esforços de algumas instituições para formular uma
ética global, um quadro ético que refletiria a natureza global da cultura, da
economia e da política contemporâneas. Ao seguirmos as pontuações feitas pelo
texto do Vaticano ao discurso vigente na contemporaneidade, podemos perceber
que, tal como afirmam Badiou e Alemán, a contemporaneidade apresenta um
discurso frouxo, ou melhor, sem nenhum projeto, a partir do qual as soluções
apontadas – entre elas, o giro religioso – apresentam-se apenas como paliativos
ilusórios e inócuos diante do horror. Sendo que a eficácia só se manifesta do
lado da técnica a serviço do poderio econômico em favor, como aponta o texto do
Vaticano, da Globalização. Alain Badiou, em seu livro sobre a ética, enuncia
que, na nossa contemporaneidade, a ética tornou-se nada mais que um discurso
piedoso que visa a fazer valer os “direitos do homem”. Em suas palavras.
SÍMBOLOS DA NOVA ERA
Há trinta anos vem-se formando uma onda
cultural/filosófica/religiosa que pretende reagir contra o presente estado da
humanidade e empurrar esta a uma nova consciência, para uma nova forma de ser
espiritual. Esta onda é chamada de Nova Era (New Age) e, hoje por hoje, não há
nenhum aspecto de nossa vida que não tenha sentido seus efeitos de alguma
forma.
As idéias e os objetivos da Nova Era recolhem elementos das
religiões orientais, o espiritismo, as terapias alternativas, a psicologia
trans-pessoal, a ecologia profunda, a astrologia, o gnosticismo e outras
correntes. Os mistura e os comercializa de mil formas, proclamando o início de
uma nova época para a humanidade. Mas, no fundo, não parece ser mais que outra
tentativa vã do homem de se salvar por si mesmo fazendo promessas que não pode
cumprir e atribuindo-se poderes que não possui.
1. A Nova Era é uma seita religiosa?
Não. A Nova Era não é uma seita, nem uma igreja, nem uma
religião. É uma foram de ver, pensar e atuar que muitas pessoas e organizações
adotaram para mudar o mundo segundo certas crenças que têm em comum. Mas não
tem chefe, nem regras, nem doutrinas fixas, nem disciplina comum.
2. Por que, então, se diz que é uma nova religião?
A Nova Era fala de muitas coisas que tocam nossa fé: Deus, a
criação, a vida, a morte, a meditação, o sentido de nossa existência, etc. ...
mas não é uma religião. Toma diversos aspectos de muitas religiões e também das
ciências e da literatura e os mistura com certa originalidade para dar
respostas fantásticas às perguntas mais importantes da vida humana. Às vezes
inclusive usa uma linguagem cristã para expressar idéias muito contrárias ao
cristianismo.
3. Quem pertence à Nova Era?
Todo tipo de pessoa pode fazer parte da Nova Era. Seus líderes e
pensadores costumam ser gente da "revolução contracultural" dos anos
60 e 70 que rejeitou os valores e os caminhos religiosos tradicionais a favor
da libertinagem, da cultural da droga, do amor livre e dos experimentos em
comunidades utópicas. Hoje suas idéias estão tão difundidas que grande número
de pessoas as compartilham sem uma rejeição formal e evidente de sua própria
cultural ou seu estilo de vida.
4. Em que a Nova Era acredita?
O típico da Nova Era é o espírito de individualismo que permite
a cada quem formular sua própria verdade religiosa, filosófica e ética. Mas há
algumas crenças comuns que quase todos os participantes da Nova Era
compartilham:
a) o mundo está para entrar em um período de paz e de harmonia mundial assinalado pela astrologia como a "era de Aquário"
a) o mundo está para entrar em um período de paz e de harmonia mundial assinalado pela astrologia como a "era de Aquário"
b) A "era de Aquário" será fruto de uma nova
consciência nos homens. Todas as terapias e técnicas da Nova Era pretendem
criar esta consciência e acelerar a vinda da era de aquário.
c) Por esta nova consciência o homem vai se dar conta de seus
poderes sobrenaturais e saberá que não há nenhum Deus fora de si mesmo.
d) Cada homem, portanto, cria a sua própria verdade. Não há bem
e mal, toda experiência é um passo para a consciência plena de sua divindade.
e) O universo é um ser único e vivo em evolução ao pleno
conhecimento de si e o homem é a manifestação de sua autoconsciência.
f) A natureza também é parte do único ser cósmico e, portanto,
também participa de sua divindade. Tudo é "deus" e "deus"
está em tudo.
g) Todas as religiões são iguais e, no fundo, dizem o mesmo.
h) Há "mestres" invisíveis que se comunicam com
pessoas que já alcançaram a nova consciência e os instruem sobre os segredos do
cosmos.
i) Todos os homens vivem muitas vidas, vão se reencarnando uma e
outra vez até alcançar a nova consciência e dissolver-se na força divina do
cosmos.
5. O que dizem os da Nova Era quando alguém os faz ver que estas
crenças são pura fantasia?
Quando alguém não aceita esta absurda visão de Deus, do homem e
do mundo, a Nova Era lhe diz que sua consciência ainda não está iluminada e que
sua compreensão está condicionada por esquemas culturais que serão superados na
nova era.
6 . Mas, como esperam comprovar umas crenças que não
correspondem em nada à realidade?
Normalmente fazem de experiências subjetivas pessoais que são
tão impossíveis de verificar como o são de desmentir. Às vezes pegam dados das
ciências e os aplicam à vida espiritual do homem como se as mesmas leis
regessem em ambos mundos.
7. Se as coisas estão assim, que lugar há na Nova Era para o
Deus que nos foi revelado em Jesus Cristo?
Nenhum, o Deus da fé católica é uma pessoa, e "deus"
da Nova Era é uma força impessoal e anônima. O Deus da fé católica é Criador de
Tudo, mas não se identifica com nada do criado. O "deus" da Nova Era
é a criação que pouco a pouco vai se dando conta de si mesmo. O Deus da fé
católica é infinitamente superior ao homem, mas se inclina a ele para entrar em
amizade com ele. O Deus da fé católica julgará a cada homem segundo sua
resposta a esse amor. O "deus" da Nova Era é o próprio homem que está
além do bem e do mal. Na Nova Era o amor mais alto é o amor a si mesmo.
8. A Nova Era diz algo de Jesus Cristo?
A Nova Era diz que Jesus Cristo foi mais um mestre iluminado
entre muitos. Diz que a única diferença entre Jesus Cristo e os demais seres
humanos é que Ele se deu conta de sua divindade enquanto a maioria dos homens
ainda não a descobriram. Desta foram a Nova Era tira-lhe seu caráter único e
irrepitível de Filho de Deus e ridicularizam o fato de que Deus se fez homem
para "salvar-nos do pecado".
9. Um católico pode aceitar a crença na reencarnação?
Em absoluto. A reencarnação é a crença em uma cadeia de
regressos a esta vida sob diverso aspecto corporal. Se fosse certa, minha
liberdade seria inútil e minhas decisões, lutas, esforços, sacrifícios e
sofrimentos na vida não teriam nenhum valor, pois ao fim e ao cabo teria que
fazer tudo de novo uma e outra vez. Se a reencarnação fosse verdade, a paixão e
morte de Cristo não teriam sentido e sua ressurreição não nos asseguraria a
redenção. A ressurreição é a transformação definitiva do ser humano e a entrada
à eternidade. Morre-se somente uma vez e à morte segue a ressurreição e o
juízo. Como diz São Paulo: "Se nossa esperança em Cristo é unicamente para
esta vida, somos os mais miseráveis dentre os homens!" (1Cor 15, 19).
10. A Nova Era não se confunde com o ecologismo?
Não. O verdadeiro ecologismo busca conservar o planeta e
respeitar todas as formas de vida, especialmente a vida humana que tem um valor
muito superior a todas as demais já que o homem foi feito a "imagem e semelhança
de Deus". O ecologismo exagerado da Nova Era diz que o homem vale o mesmo
que uma baleia ou um monte ou uma árvore. Chega a considerar ao homem como o
pior inimigo do planeta em vez de vê-lo como seu guardião e seu dono.
11. Há também uma música que de diz "nova era"?
Sim. A música "nova era" se chama assim porque se
inspira em alguns temas de grande interesse para a Nova Era: a natureza, as
religiões dos povos antigos, as culturas orientais, etc... Costuma ser música
instrumental, misturada com sons naturais, às vezes muito repetitiva, outras
vezes sem melodia nenhuma.
12. É errado escutar este tipo de música?
A música "nova era" é como qualquer outra música: uma
combinação de sons mais ou menos agradáveis ao ouvido. O que poderia torná-la
"má" seria algum conteúdo daninho (a letra) ou algum uso
irresponsável da música (para ajudara a induzir a um estado alterado de
consciência; para provocar sentimentos negativos, etc.).
13. Por que a Nova Era fala tanto de "energia" ?
Uma das idéias básicas da Nova Era é que toda a realidade
visível, incluindo o homem, se reduz a uma "energia cósmica". Segundo
isso, enquanto o cosmos estiver em fase evolutiva, sua energia se manifesta de
muitas formas: uma pedra, o vento, a mente humana, etc... Supostamente há coisas,
lugares e exercícios que podem aumentar nossa capacidade e nosso controle dessa
energia (carregar um cristal de quartzo, visitar uma pirâmide ou outro lugar
"sagrado" o dia de um equinócio primaveral, realizar certas posturas
de yoga, etc.).
14. Os programas de controle mental, cura e auto-superação são
um engano?
Deve-se ver e julgar cada programa separadamente. Mas alguns
programas ensinam simples técnicas de relaxamento, concentração, memória ou
fortalecimento da vontade que produzem resultados imediatos em seus clientes. A
estas técnicas, que não têm nada de extraordinário, as revestem de uma
linguagem pseudo-científica e as colocam como um grande descobrimento ou um
segredo da sabedoria antiga. Freqüentemente se passa de uma terapia psicológica
ou emocional ao mundo espiritual, incorporando elementos do panteísmo, do
gnosticismo ou da espiritualidade oriental sem prevenir ao cliente. Aos
resultados mais modestos no campo humano é atribuído um caráter sobrenatural.
Daí se convence ao cliente de seus "poderes especiais", sua
"consciência iluminada", ou de qualquer coisa. O pior é que alguns
destes programas se apresentam como um complemento excelente do cristianismo
quando, no fundo, baseiam-se em conceitos incompatíveis com a fé
católica.
15. As novas técnicas de meditação são úteis?
15. As novas técnicas de meditação são úteis?
A Nova Era não tem nenhum reparo em misturar formas religiosas
de tradições muito diversas, ainda quando há contradições de fundo. Deve-se
recordar que a oração cristã se baseia na Palavra de Deus, centra-se na pessoa
de Cristo, leva ao diálogo amoroso com Jesus Cristo e desemboca sempre na
caridade ao próximo. As técnicas de concentração profunda e os métodos
orientais de meditação fecham o sujeito em si mesmo, o impulsionam a um
absoluto impessoal ou indefinido e fazem caso omisso do evangelho de Cristo.
16. E o yoga?
O yoga é, em sua essência, um exercício espiritual e corporal
nascido da espiritualidade hindu. As posturas e exercícios, ainda que se
apresentem como um simples método, são inseparáveis de seu sentido próprio no
contexto do hinduísmo. O yoga é uma introdução a uma tradição religiosa muito
alheia ao cristianismo. A palavra "yoga" significa "união".
Deveríamos perguntar: união com o que?
17. Por que a Nova Era dá tanta importância à astrologia, ao
horóscopo, ao tarô, ao contato com espíritos, etc.?
As antigas técnicas de adivinhação e o espiritismo sempre
provocaram a curiosidade das pessoas. A Nova Era tem assinalado um renascimento
do interesse no ocultismo, a magia, a astrologia e as práticas mediúnicas. São
correntes que pretendem dotar ao homem de poderes mentais e espirituais
sobrenaturais e colocá-lo como dono absoluto de seu próprio destino. A Nova Era
apaga as distinções entre matéria e espírito, entre o real e o imaginário,
entre o possível e o impossível. Mas nenhum esforço da Nova Era conseguirá
conciliar o ocultismo, o esoterismo ou o espiritismo com a fé e a vida do
católico.
A IDEOLOGIA DO MOVIMENTO NOVA
ERA: DOUTRINAS DA NOVA ERA:
1.
DEUS
O conceito de divindade é resgatado dos antigos
conceitos orientais, que refutam a idéia de um Deus pessoal, detentor de
atributos pessoais. Deus Não está sentado em seu trono como Rei soberano
regendo todas as coisa; é apenas uma energia universal de onde derivam todas as
coisa. Essa rejeição deve-se a ideologia panteísta, que afirma que Deus é tudo
e que tudo é Deus. Para eles, Deus é apenas uma energia que, por vezes,
denominam de Absoluto.
Em suma, acreditam que tudo o que existe no universo é Deus, que toda matéria apresentada natureza divina. E segundo as escrituras Védicas na Índia e o Tao-Te Ching na China, acreditam que cada uma das partes do todo deve evoluir e buscar níveis mais elevados de sua consciência divina.
Assim, apenas através de várias encarnações cada parte pode evoluir e alcançar níveis mais elevados de consciência. Essa evolução pode chegar ao ponto de não necessitar mais reencarnar, atingindo um estado evolutivo onde se torna um espírito cósmico. De acordo com esse pensamento ninguém inventa nada, apenas descobre as informações divinas que estão dentro de si, e assim vai adquirindo níveis mais elevados de consciência divina , o eu maior do qual todos fazem parte. Tais descobertas, que levam a ser a níveis superiores da consciência cósmica, podem ser adquiridas num processo de várias encarnações. Em resumo podemos concluir que a reencarnação é ponto fundamental no pensamento da Nova Era. Essa doutrina diabólica afasta definitivamente da cruz de Cristo aqueles que nele crêem, pois passam a crer que podem se salvar por intermédio do conhecimento, através de várias encarnações.
Aos olhos da Bíblia, podemos ver como a reencarnação é negada com intensidade, através do plano de salvação na cruz de Cristo, conforme podemos verificar em (Hb 9:27-28). A condenação para aqueles que tentam anular o sacrifício de Jesus a cruz, pregando a reencarnação e a necessidade de evolução, para assim poder um dia vir a ser um deus-homem, é certa, conforme verificamos em (Rm 1:18-25).
2.
HOMEM
O Homem é o centro de todas a doutrina
da Nova Era. O Homem se torna expressão máxima de evolução divina na terceira
dimensão, que é a dimensão física. Dentro desse conceito o homem nada é do que
deus. Acreditam, desta maneira, que todas as forças existentes no Universo
estão dentro do homem e que através do poder da mente, o homem pode realizar
qualquer milagre divino.
Crêem na existência de forças opostas dentro do ser humano, sendo assim ele igualmente masculino e feminino; cristo e demônio; positivo e negativo entre outros. Dizem que a evolução do homem está caminhando para um equilíbrio entre os pólos opostos que fará com que a luz divina possa se manifestar com plenitude no homem-deus.
Para eles, o cérebro é dividido em dois lados, sendo o lado esquerdo masculino racional e lógico, ao passo que o direito feminino é emocional, sonhador. Baseia na idéia, de que o homem deve evoluir, até que ele possa equilibrar esses dois lados cerebrais. Visto isso, crêem que as pessoas passam a ter liberdade de relações amorosas entre sexos, defendendo assim os homossexuais como seres evoluídos.
Em vista deste comportamento, esperam que haja em novo estilo de vida para a humanidade. O que tem como meta determinar o fim do núcleo familiar e produzir uma condição de igualdade absoluta entre os homens, instituindo-se assim uma sociedade comunitária.
Isso tudo acima citado, vem confirmar um profecia existente em (2Tim 3:1-6). Os homossexuais, segundo o apóstolo, receberiam a recompensa...
3.
OS EXTRATERRESTRES
Atualmente os estudiosos que se dedicam à questão
ufológica têm movido suas pesquisas baseados na filosofia da energia divina
evolutiva. Acreditando que as partes do divino passam por um processo
evolutivo; concluem que os extraterrestres são parte da energia divina que
estão em outros estágios de evolução, divididos em vários planetas de maior ou
menor evolução. Um outro fato interessante a ser levado em conta, está
relacionado à movimentação executada no céu pelos supostos ÓVNIS. Vários
cientistas têm se mostrado incapazes de explicar tal situação. A única
conclusão lógica, que conseguiram chegar, por intermédio das leis da Física,
até então, está relacionado ao fato, de que, se uma nave executa tais
movimentos ou verdadeiras “acrobacias” no ar, isso só seria possível se tal
objeto apresentasse massa igual a zero.
Se tais experiências são realizadas em estado de transe hipnótico e através de mediunidade, como podemos distinguir o que é realmente físico e o que é espiritual numa experiência de contato ufológico ? Ora uma pessoa em estado de transe hipnótico pode ter qualquer coisa impressa em sua mente, inclusive diabólica. E se os próprios pesquisadores não conseguem determinar a natureza da experiência , não há como afastar a possibilidade de que essa seja apenas mais uma ardilosa manipulação demoníaca sobre a frágil mente do homem degenerado pelo pecado.
Diante dos fatos, somos obrigados a concluir que os fenômenos ufológicos são atuações de seres mais provavelmente mensageiros de satanás, pois como a bíblia mesmo adverte, são capazes de se transformarem em anjos de luz (2 Co 11.14).
Especialistas que estudam fenômenos paranormais, têm observado a pratica de consultas a mestres cósmicos pelos adeptos do movimento Nova Era, e a tem denominado de channeling (que quer dizer canalização ).
A realização da channeling consiste numa prática de meditação onde a pessoa entra em transe hipnótico. Durante esse exercício a mente do indivíduo que pratica sai do nível de ondas beta do cérebro, que é o estado de vigília e entra no nível de ondas alpha. Geralmente a pessoa visualiza um lugar muito bonito, onde pode tatear, sentir cheirar e ouvir sons provenientes do local. Nessas circunstâncias, a pessoa pode visualizar um ser que vem sempre revestido de muita luz, que pode ser denominado mestre cósmico, anjo ou simplesmente E.T.
O fato desses Ets serem espíritos revestidos de luz, e as mensagens antibíblicas, que transmitem, apenas revelam sua verdadeira identidade, como nos advertiu o apóstolo Paulo em (Gl 1:8) e (2 Co 11:14).
Esperam que no futuro a humanidade alcance um elevado desenvolvimento espiritual, dando assim origem a um regime “cosmocrático “, ou seja, relacionamento aberto com seres cósmicos. As pessoas menos evoluídas seriam seqüestradas por um enorme disco voador e, levadas para outro lugar , onde passariam pela evolução necessária (Fp 3:20,-21).